Roberto Gamito
28.06.21
O jogo do Euro 2020 que opôs Portugal e Bélgica relatado segundo o parecer de um taberneiro.
(Segundo a ordem do jogo)
O curling consegue ser mil vezes mais emocionante que o jogo de Portugal.
Se eu soubesse que o jogo ia ter este ritmo, tinha convidado o Sá Pinto para vir cá a casa. Levava no focinho, mas ao menos não adormecia.
O ataque de Portugal é como o bêbedo que regressa a casa: pára em todas as tascas.
Espero que não me cancelem, mas o Palhinha tem cara de contabilista.
Grito do capitão.
O jogo de Portugal não dá tesão e Ronaldo acabou de fingir o orgasmo.
Futebol espectáculo.
Finalmente percebo os franceses aquando da invenção da guilhotina. Isso sim era um espectáculo.
Comentador: Cristiano rima com golo.
Camões: Mas quem é este caralho?
Cristiano Ronaldo é como aqueles putos que descobriram os botões das fintas: até se esquece que precisa de marcar golos.
Portugal é um virgem na zona de concretização: só faz é merda.
Isto é espetar dois lá dentro para os belgas se sentirem em casa. Eles adoram batatas.
Hazard do caralho!
Se Rui Patrício não tivesse cortado as unhas, tinha apanhado a bola.
Os remates de Palhinha são de outro mundo. De Marte, que é para onde vai a bola.
A Bélgica se pudesse pegava na bola e ia para casa.
Na cabeça dos jogadores portugueses, é uma baliza de hóquei.
Bélgica, país das batatas fritas, do chocolate e do engonhanço.
Fernando Santos sentou-se no banco da Bélgica, não foi? É tão bom treinador que está a treinar duas selecções ao mesmo tempo. É o "não jogar um caralho" a fazer escola.
Portugal não consegue sair para o ataque? Mas quê? Precisa de pedir autorização ao encarregado de educação. Estou fodido com estes putos.
Pepe é activista vegan — está sempre a molhar a sopa.
Bom jogo de preparação. Mais dois destes e estamos prontos para o euro.
Enquanto o golo não chega, masturbamo-nos com o domínio de bola de Cristiano Ronaldo.
Depois do jogo preciso de ir a um funeral para ver se me alegro.
Os belgas são fortes no jogo aéreo, no chão, a relva atrapalha. Nem que joguem com a cabeça da picha, mas marquem.
Perdemos o festival europeu da monotonia.