Roberto Gamito
20.05.21
Se o palhaço esguichar a flor que carrega ao peito na sua cara, aceite o privilégio de ter sido escolhido como alvo do esguicho. Não será descabido provar o líquido que o ensopou, pode dar-se o caso de ser sémen. Se tal acontecer, aplauda o palhaço pela ousadia.
À noitinha, quando a sua namorada vier cheia de manhas aconchegar-se rente ao seu caralho, espere que seja ela a tomar iniciativa de abocanhá-lo. A fome dela guiá-la-á, não precisa de guias turísticos.
Não simule um helicóptero com a picha. A menos que ela que tenha uma púbis em forma de H.
Nada contra os homens que, diante da sua fêmea enfarpelada para o pecado, exclamam: “Sou a tua putinha”. Contudo, em bom rigor, dever-se-ia apelidar putinha estagiária, uma vez que não é a foda que põe o pão na mesa.
O casal de comerciantes tinha uma vida íntima hilariante. À cona chamavam caixa registadora, ao pénis, dinheiro, visto que está sempre a entrar e a sair.
Nada é mais desumano do que prometer uma foda ao homem e desmarcá-la em cima da hora por causa de compromissos laborais.
Logo o homem que tinha tanta vontade de dar emprego à cona.
Se fosse dono de um grande nabo, apelidá-lo-ia de verdade. Porque a verdade magoa.
Quando tiver acabado de engolir o esperma do seu amante, e acaso tenha ideias de prolongar a noite, não se ponha a falar de temas burocráticos como política e finanças. Pode traumatizar o pénis, essa frágil criatura.
Se a sua intenção é montar o seu amigo às tantas da manhã, faça questão de avisá-lo umas horas antes. Caso contrário chega com fome de fandango e o seu homem já afadigou o pénis num sem-número de punhetas.
Uma foda tão miserável que, se fosse fotografada, tinha hipóteses de ganhar o prémio da World Press Photo.
Se, à medida que envelhece, sente a coragem a abandoná-lo, há um modo de o confirmar. Comece a pesar os colhões noite sim, noite não.
Não ridicularize o homem se ele não quiser ser chupado. O louco lá terá as suas razões.