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Fino Recorte

Havia uma frase catita mas que, por razões de força maior, não pôde comparecer. Faz de conta que isto é um blog de comédia.

Fino Recorte

Havia uma frase catita mas que, por razões de força maior, não pôde comparecer. Faz de conta que isto é um blog de comédia.


Roberto Gamito

21.12.21

Continuando na senda do episódio do ano passado, os melhores livros que li durante 2020, decidi levar a cabo a edição de 2021. Eis uma lista sumária de alguns dos melhores que li durante este ano. Cada livro é acompanhado de um breve comentário. Foi um ano pautado pelos Contos e pelo Ensaio. E muitas releituras, daí que a poesia, o género que é mais querido, não tenha tantos representantes como em anos pretéritos. Ao terminar o episódio, dei-me conta que me esqueci de alguns vultos. Só para citar dois, A Era do Capitalismo da Vigilância de Shoshana Zuboff e Confabulário de Juan José Arreola. 

Túnel de Vento, Roberto Gamito

Túnel de Vento é simultaneamente um podcast e um erro.
Há improviso, humor, lamirés sobre literatura e poesia e, de longe em longe, javardice de elevado quilate.
De Roberto Gamito e suas vozes.

Espero que gostem do episódio. 

Podem acompanhar o Túnel de vento nas plataformas habituais: Soundcloud, Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts

 

 


Roberto Gamito

04.11.21

Luís Carmelo, Tertúlia de Mentirosos

Luís Carmelo. Escritor.

Deambulámos por uma enormidade de temas, a saber: livros e livros diluídos, o leitor é um animal em vias de extinção?, verticalidade dinamitada e horizontalidade pós-moderna, Gnaisse, clássicos e livros novos, metáfora e o salto, pensamento nómada, o jornalismo e as redes sociais, um mundo sem memória nem futuro, literatura portuguesa e o humor, o humor envelhece mal?, universalidade e a tentação de responder à própria época, experiências da intensidade.

Podem ouvir o episódio aqui ou noutra plataforma de podcast.

 


Roberto Gamito

26.10.21

Túnel de Vento podcast

Estava a bacorejar o episódio 509 - Ensaio sobre a Cegueira, que é como quem diz gravar, quando me lembrei que não havia feito menção ao episódio 500.

Tentar definir este podcast é como tentar engaiolar o vento. O mais que consigo é pedir de empréstimo uma expressão de Horácio, poeta latino. Exército de febres.
Com efeito, o túnel de vento é a tentativa vã de trazer à tona esse exército de febres.
E todavia o arpão continua a fazer tangentes ao grande cetáceo albino. Feliz ou infelizmente, nada parece adentrar no lombo da verdade.

A frase de Diderot, esse filósofo-humorista, tranquiliza-me: "Devem exigir de mim que procure a verdade, mas não que a encontre."

Eis-nos chegados aos apeadeiros do episódio 500:
.Outubro já não é o que era.
.Fiscal da sopa de peixe.
.Escassez e a ganância.
.O leitor é uma figura mitológica.
.Demasiada empatia nas sinopses.
.Possuído pelo espírito da estupidez.
.O valor nutricional do corpo de Cristo.
.A arte do insulto.
.A arte não é um guia turístico.
.Dave Chappelle e privilégio branco.
.Elogio da cicatriz.
.Activista picuinhas.
.A sardinha contra o atum.
.Leonardo da Vinci, o taberneiro frustrado.

Mais 91 episódios e volto a dar notícias.

Podem ouvir o episódio aqui ou em qualquer outra plataforma de podcasts:

 


Roberto Gamito

15.01.21

Suponhamos que o leitor é um preguiçoso. Se assim é, para quê continuar? Não faço ideia. A verdade é que o argumento do leitor ausente não é mau, mas falta-me energia para o desenvolver. Para ser sincero, estou-me nas tintas para o leitor. Fui ríspido? Sim, mas provavelmente o leitor desistiu na primeira linha e prosseguiu em direcção a territórios mais agradáveis como as redes sociais, onde a indignação prospera.
Daqui a pouco, e prosseguindo neste tom enfadonho, ainda vamos — vou, dado que não posso contar convosco — dissertar sobre a solidão e em como ela, em certas condições, pode frutificar em algo maravilhoso. Contudo, não são horas para falar de coisas tristes. Aliás, diga-se o que se disser, escrever é um trabalho solitário.
No limite, a escrita só gera amizades postumamente.
Ironicamente, o escritor morto é uma criatura estupidamente sociável.

Não é trágico escrever um texto sobre a preguiça do leitor, esse animal à beira da extinção, e dar conta que tudo desemboca em coisa nenhuma? Talvez o leitor preguiçoso tenha acertado ao ter desistido da leitura. O que há num texto ou num livro que uma relação falhada não possa ensinar?

Qualquer coisa que se possa escrever é puro disparate, seja em torno de temas graúdos como morte e amor, seja à volta de uma gaita de beiços. Independentemente da mão chamada a garatujar as linhas tumultuosas, a incompreensão atingirá excelsitudes. A que excelsitudes chegará a mão que, ao carambolar nos meandros de um amor perdido, ressurgir à tona da pedra pejada de hieróglifos, a rocha frágil da existência, se transmudar num poema breve e incapturável?

Se alguém perguntar por mim, digam-lhe que morri.

 

Leitor Preguiçoso

 

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