Roberto Gamito
19.06.21
O jogo do Euro 2020 que opôs Portugal e Alemanha relatado segundo o parecer de um bêbado.
(Segundo a ordem do jogo)
Não jogamos um caralhinho chinês.
Gosto da defesa portuguesa, não atrapalha ninguém, é amiga do futebol bonito.
Portugal estacionou o triciclo na área de Patrício.
Quer me parecer que o Patrício nem sequer vai ter tempo para coçar os tomates.
Golo de Portugal.
Portugal está com uma eficácia alemã.
Estamos empatados, sofremos. Estamos a perder, sofremos. Estamos a ganhar, sofremos. Só estamos bem a sofrer.
O treinador da Alemanha parece que está sempre a ensaiar o minete, não é? Não pára com a língua.
Após os dois auto-golos de Portugal.
Portugal:
Sorte: Não és tu, sou eu.
A defesa portuguesa está mais confiante que um cão de loiça numa festa de martelos.
A defesa portuguesa dá tanta segurança como uma boneca insuflável no meio de um tiroteio.
Intervalo ou como eu gosto de lhe chamar “encontro entre treinadores de bancada”.
À excepção de Pepe, todos os defesas deviam ser obrigados a vestir um bibe. Parece que ainda não cresceram para o mundo do futebol.
No Twitter, estamos a espezinhar o Semedo porque nos disseram que pisar merda dá sorte.
A esperança de ganhar o jogo escondeu-se atrás do Wally.
Portugal está a mamar mais que uma actriz pornográfica no pico da carreira.
A esperança de ganhar o jogo tem 800 e tal anos e acabou de apanhar COVID-19.
É por jogos destes que Portugal inventou o fado.
Já não estamos em campo a fazer nada. É aproveitar os minutos que faltam e abrir uma rolote de bifanas na área do Patrício.
Tirem os defesas para segurar o 1-7.
Portugal está a fazer cosplay do Sporting de Peseiro.
Os jogadores da Alemanha têm nome de refrigerante de marca branca.
Acho descabido os comentadores estarem a elogiar os jogadores de Portugal com 4 golos na pá. Calem-se, já ninguém acredita.
E se o Diogo Faro for o nosso amuleto da sorte? Apontem um canhão para o estádio e lancem-no.
Ritmo de quem tem de se levantar cedo para ir trabalhar nos correios e não pode correr o risco de contrair uma lesão.
Para Portugal, futebol é aquele jogo que se joga com a bola nos pés e a calculadora nas mãos.
Obrigado, Fernando Santos, já tinha saudades de levar na pá.