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Fino Recorte

Havia uma frase catita mas que, por razões de força maior, não pôde comparecer. Faz de conta que isto é um blog de comédia.

Fino Recorte

Havia uma frase catita mas que, por razões de força maior, não pôde comparecer. Faz de conta que isto é um blog de comédia.


Roberto Gamito

14.01.22

Desafortunadamente, o mundo das letras e por arrasto o das carnes estão a ficar doentiamente chatos. De há uns tempos para cá, é raro ver uma ratita alegre e um piçalho folgazão a espreguiçarem-se sem rédeas numas linhas de texto sacrílegas.
Pôr Jesus por extenso, que é como quem diz, ressuscitar Lázaros de baixo ventre com meia dúzia de palavras: eis um labor digno a que poucos se devotam. Ai meu Deus, o que pensarão de nós. Resultado: uma população de colhões e clítoris ou clitóris agrilhoada, obrigada a discursar numa língua sem pinga de tesão. Esta mão e a sua entourage pouco dada à pureza — refiro-me aos neurónios, não sejam porcalhões — dar-nos-á um nobre contributo: uma palmada nas nádegas do mundo com vista a espicaçá-lo e a catapultá-lo para as paradisíacas margens do prazer.

Seguem-se alguns fragmentos, os quais oscilam entre o relato e a ficção mais disparatada.

Mesmo nas barbas do abade, a freira entregava-se a um esfrega-esfrega sem parança. Segundo o ornitólogo, a pássara estava na muda da pena. Deus é amor, comentou a freira ao dar-se por satisfeita.

Num aposento menos religioso, o homem de picha brincalhona malhava com amor a cona húmida. Tudo isto acompanhado de gritos e deixas: “Fode-me, caralho, mais depressa! Fodes-me como se eu fosse de porcelana. Não metes o suficiente, gemia a fêmea. É o que tenho, ripostava o macho, onde é que vou arranjar mais caralho a umas horas destas — está tudo fechado ao Domingo.”
Em todo o caso, introduziu-lha na racha cantante, mergulhou-a até ao fundo, como se procurasse uma civilização perdida, e ela, não sei se séria, se a gracejar: “como é longa e traquinas”.
E vieram-se por inteiro.

O que importa é fazer amor
ora nas torres de marfim
encontrar entretém numa punhetita
ora num chavascal animado
por uma turba de conas famintas.

Como adorador de fanesga,
introduz a gaita
e seja nossa a tua música.

Será sempre uma distracção frutífera apresentar ao outro o que se acoita sob a farpela. Não há necessidade de votar a cona ao anonimato. Se há fome de celebridade, é encorajá-la a perseguir esse sonho.

Entretanto, num quarto numa dessas vilas de nome orelhudo, ouvia-se: “Lambe o néctar testicular, minha linda, pois amanhã apetecer-te-á esporra e eu posso já cá não estar". A mulher comparava a picha do parceiro com as que havia guardado na arca da memória e suspirou: ”Esta cona já viu melhores espécimes, enfim, é trabalhar com o que temos”. E todavia ela contorce-se, como diria Galileu se tivesse trocado a Física pelo mundo da pornografia. A porta de casa abre-se e o tesão sublima-se, passa de sólido a gasoso. O calmeirão foge com passinhos de bailarina com a picha tesa na mão, ao passo que a cona desolada cantará elegias que atravessarão os séculos. Foda interrompida é tragédia merecedora de todas as nossas lágrimas. Venham-se até se converterem em animais, até se esquecerem que sabem falar, não consintam menos que isso.

As fodas abortadas pela ingenuidade ou pela falta de traquejo na arte do engate amanhã roer-te-ão os tomates, meu caro homenzinho inexperiente. Propagandeia o vergalho, o teu moço de recados solícito, sem descanso, faz com que a agenda cresça em horas para acomodar fodas de última hora.

Enquanto as carpideiras choravam o enterro do caralho, o menino da cidade moveu-se para o campo à procura de cona biológica.
O que só prova que a malta nova liga muito à alimentação.

Quando ela ficou tesa como um cadáver, a princesa de anca travessa sovou o mangalho com a fenda palpitante. Malhou com tal fervor que fez lembrar um ferreiro da Idade Média. Só química nesta relação! De seguida, mamou esforçadamente o mangalho para deleite do homem. Por todo o lado espirravam moles de descendentes, por assim dizer, jaziam esporrados pelos quatro cantos do quarto vários projectos de futuras civilizações.

A queda do êxtase ocasionou alguns pensamentos pouco dignos, a saber: o almoço de amanhã, ter de levar o carro à revisão entre outras bagatelas. O homem tentava animar o soldado esforçado recorrendo à memória, bisbilhotando a secção das conas de colecção, na caixa e por abrir, de molde a não desvalorizar.

Após extenuantes negociações, a cona apossou-se do fundibulário murcho. E ensacou, tipo esquilo, caralho e colhões na bochecha. Não me perguntem se tal é possível, estou a vender o peixe ao mesmo preço que mo venderam.

O nível da esporra continuava a subir, os noticiários não passavam outra coisa. Ai o aquecimento global a chegar ao reino das cuecas húmidas. As terras foram conquistadas a pouco e pouco por cursos de sémen. As castores abandonaram os rios convencionais e mudaram-se para o rio argênteo — e os mais galhofeiros foram a correr construir um dique.

Reunidas na cave de uma cona experiente, as conas aprendizes formaram a guilda do pipi. Ao longo de séculos, este grupo secreto tentou engendrar uma prática que muitos julgaram impossível. Grosso modo, um pontapé nos tomates que, além de provocar a proverbial dor, obrigava o homem a esporrar-se. Se bem feito, isto é, se todos os colhões do mundo fossem brindados ao mesmo tempo com esse pontapé, o planeta seria inundado de leite de macho. Tal como nas esmolas, cada um contribuiria com a sua pinguinha.

Em menos de um ai, as mulheres dos quatro cantos do mundo (nessa altura o mundo era demasiado quadrado para ser redondo) abeiraram-se dos homens que viam naquela aproximação um prelúdio de festa rija, desabotoaram-lhes as calças, apoderam-se dos colhões ingénuos, sopesando-os qual merceeiros, e vá de pontapé nos abonos. Reza a lenda que, após o dilúvio, até o deserto começou a dar fruta.

Dilúvio de esporra, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

13.01.22

Amadurecem os frutos da imaginação quando passam pelo crivo do desejo. Eis uma frase descabida sobre a qual não vou acrescentar pevide. Mudemos de mão. Estava eu a roçar os colhões na corcunda da velha quando, de chofre, fui assaltado por um bando de ideias brincalhonas. Eu, líder indestronável dos palermas, encabeçando com lérias bandos de patos bravos, ia dotar o muro velho, pintalgado de palavras de ordem, de mais uma camada de esporra. A estafada metáfora, o muro, merecia um novo recomeço — e eis-me disponível, de piçalho no ar, fazendo jus à celebre frase segundo a qual o homem é um animal político. De rostos escancarados pelo pecado, as mulheres humedeciam-se à custa de poesia sacana que joeiravam, à sorrelfa, da conversa dos machos de braguilha entrevada. Cercadas de rebotalho, e com a cona em condições de semear arroz, fechavam os olhos e imaginavam os homens e os caralhos em falta.

Bem perto dali, a picha vegetava nas calças, qual guerreiro após longa batalha. Depois de ter pelejado com uma turbamulta de cricas assanhadas, consentiu que a vitória o murchasse e começou a escrever as suas crónicas. Citemos uma nesga do livro que há-de ficar bem enterrado nos anais da História. “Um jacto de esperma que, após cumprir a sua trajectória, a qual surpreendeu físicos teóricos, purificou a cara da fêmea que cantarolava um refrão animalesco.”

Reza a lenda que o macho endiabrado tatuou uma cruz no escroto. Segundo o parecer de gente entediada e por conseguinte à cata de boatos, a sua ambição era proporcionar ao parceiro de cama uma foda santa. Outro personagem esgalhava pívias nas pausas do tabaco — nunca conseguia estar parado: o que lhe valeu uma promoção na indústria pornográfica.

A pandemia — perdoem-me o salto inesperado, mas eu não consigo estar parado — transformou o mundo num estúdio de filmes pornográficos: estamos com os colhões na mão. E cá estamos, nervosos, de calças em baixo, à espera que alguém peide um pequeno equívoco para içarmos o cadáver da humanidade das águas estagnadas.

Formigueiro nos colhões, picha entorpecida.
E a Joana? A Joana teve por várias vezes a honra de me ir às trombas. Mas isso são águas passadas. Hoje somos pessoas diferentes, de colhões e cona domesticados. Há quem, mais medroso, se veja obrigado a preencher inquéritos antes de erigir o pau. Ao rés do guichet de uma nova repartição pública, há quem negoceie paus feitos, sendo que a resposta é sempre a mesma: o sistema está em baixo, passe cá amanhã. A burocracia apossou-se do tesão. Longe vão aos tempos onde a fama do vergalho tinha o condão de levar o homem muito longe, nem que fosse a toque de porrada. Presentemente, tiramos senhas e tentamos sossegar a flauta selvagem com a patranha: “Calma, és a seguir”.


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Roberto Gamito

12.01.22

Ao contrário de outras crónicas tendentes a afagar educadamente os neurónios mais exigentes, revelando-lhes o princípio de uma profundidade outrora oculta, este texto às três pancadas presta-se à folia vertiginosa, que é como quem diz, vamos discorrer marotamente sobre o reino ebuliente do baixo ventre, quando em contacto com as oportunidades certas. Justifica-se que tome estas e outras precauções, não para exibir o lado puritano armado ao pingarelho, tão ao gosto do Homem contemporâneo, mas porque tal constitui uma chance de despertar uma horda de pequenos Lázaros em horário de trabalho — nunca me perdoaria que tal acontecesse.

O Altíssimo é amor, pelo que Deus é o sponsor desta crónica.
E cá vai, mais uma vez, este gato travesso no seu obstinado funambulismo humorístico que o há-de acompanhar até se extinguir a centelha que o põe de pé.

As crónicas do piçalho, livro com muita saída — e entrada — num desses séculos em que os historiadores trocaram o apontar de episódios relevantes pela imemorial arte de coçá-los, começava nestes preparos: “vivi na obscuridade e sem um tostão, e volta e meia conhecia a luz, sendo que a luz era tão-somente a distância que me separava da noite onde o meu mestre me enceleirava da fenda hospitaleira. Apesar de ser um livro merecedor dos nossos mais rasgados elogios, optemos, antes, por uma questiúncula que já acometeu todos os homens: O que é que me eriçará mais espontaneamente a picha? Não é de estranhar que homens de todas as eras e coordenadas tenham partido à aventura, o chamado aventureiro de portinhola aberta, com o fito de hierarquizar os estímulos que cutucam o marsapo. Se o estímulo for uma espécie de Jesus, isto é, vulto luminoso capaz de levantar um morto, então estaremos em condições de estabelecer uma espécie de espectro da luz. Quanto mais intensa for a luz, mais rapidamente despertará o nabo. Não será descabido declarar que a ciência não tem passado cartão aos temas que interessam ao homem minúsculo.

Bem sei que há grandes fatias da civilização que se estão bem marimbando para a felicidade do pénis abstracto. Se assim é, vou abreviar a história do contabilista e da beata. Para beata era uma bela mulher, tinha uma saia levantada, nem muito nem pouco, exactamente onde o tesão se engendra e deixa espaço para a imaginação cultivar as suas imagens escaldantes. O seu caralho, teso qual português de classe média, disponibilizou-se para o labor mal foi pendurado o quadro sexual no miolo. Com efeito, em breve estariam a fornicar a bom fornicar. Sim, minha linda, gemeu o contabilista à beata, venho-me assim que preencher os papéis. Deus me perdoe, mas que bela piça!, gritou cristãmente a beata. Vá, minha luminosa fodilhona, vem-te depressa que amanhã é dia de trabalho e não podemos ficar toda a noite nisto.

Enquanto isso, os anões — porque não?! — vinham-se onde podiam, uns nas orelhas, outros nos sapatos, outros em cuecas que povoavam o chão do quarto. Não me perguntem como é que os anões ingressaram no quarto. Possivelmente — uma teoria da minha lavra —, atraídos pelo cagaçal da fodanga.

O velho, que fora aquecer a beata para o contabilista, e se fosse outro teria começado a história por aqui, avesso a segundas vezes, passou de actor a comentador pornográfico.
Num banco ao rés da cena infernal, havia cachos de mulheres com as cuecas em pantanas, umas davam à língua, outras ao dedo, ensaiando os primeiros acordes no clitóris. Artur, tímido de nascença, não achando nada mais interessante para fazer, decidiu passar o tempo a punhetear a sua chouricinha da felicidade. Os mais entendidos na velhacaria, apodam-na de sarapitola de adulto.
O adulto está ao corrente da volatilidade do tesão — é preciso agarrá-lo, não vá ele fugir e nunca mais voltar. Levantou-se, deu umas voltas, e enquanto pensava na vida, perseverou a punhetear-se enquanto dizia: “ainda há coisas boas na vida”.

Um gajo vestido de burro, cujo nome não interessa para a história, o qual estava na pausa do tabaco, dado que o quarto há muito se havia metamorfoseado num apinhado bar em virtude de uma fadinha embriagada que, ao ver a cena a pegar fogo, percebeu que era necessário expandir o espaço a fim de lhe fornecer verosimilhança. E o gajo vestido de burro? O gajo enfarpelado de burro pensou: Não é tarde nem é cedo, vou deixar de fumar. Assim sendo, aproveito estes dez minutos para exercitar maravilhosamente o sacana — e lançou-se sobre uma cona desocupada que andava, segundo os anúncios de emprego fixados numa das paredes do estaminé, a pedir colaboradores. Ao dar-se conta do homem-burro, latiu de prazer, qual alegre cadela fodilhona. Hospitaleira — porra!, ainda há quem saiba receber —, meteu-o entre as pernas, protegendo-o do frio que grassava naquela noite de chavascal.

Há detractores que alegam que a história está mal contada, que se iniciara no bar e não havia fada nenhuma — enfim, gentalha que não acredita na existência da fadinha da fodinha. Segundo a versão desses bandidos, uma mulher deslumbrante, cujas carnes eram dignas de figurar naqueles talhos cheios de marketing frequentados por ricos, apareceu e contaminou o bar de olhares famintos. Nisto, ouviu-se um inchar de mil piças.

Entrementes, começou a dar o jornal da noite, o que caiu qual guilhotina em cima do pescoço daquela cena. De facto, a situação económica do país é pouco estimulante e extingue mesmo o mais resistente tesão. As mulheres cessaram as guitarradas na pevide, a agricultura de nabos cessou, as pichas regressaram às cuecas, os anões foram exportados para um conto infantil, o homem-burro regressou ao seu part-time de mascote, o velho continuou a ser velho, o contabilista mergulhou nos seus papéis, e a beata agradeceu a Deus, em suma, o regresso à pasmaceira — eis o desfecho do episódio.

Será que não há outra versão, questiona o leitor enquanto toca xilofone com a pila. Há um desfecho apócrifo segundo o qual houve uma fusão à la Power Rangers, melhor dizendo, gerou-se um Megazord de Pichas, tipo obelisco cabeçudo que avançou rumo ao gajedo com ganas de lhes estancar o desejo de uma vez por todas. Todavia parece-me pouco credível. Uma coisa é acreditar na fada da fodinha, outra bem diferente é acreditar na união entre os homens.

Fada de Marotice, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

24.08.21

O modo como eu pensava distanciava-te de mim. Eu reflectia, tu ias para o twitter mandar graúdas postas de pescada.

Lembras-te de tudo o que levou à discórdia? Faço questão de to recordar: "o problema começa em terra idade". Segundo o teu parecer científico, estaria a atiçar canibais reformados. 

Não gostas de piça, pelo menos não mostraste apreço pela minha. Suportavas a chuva de inéditos de aspirantes a escritores que te chegava às mãos, porém o que te arreliou foi uma mera pila humilde posta em retrato. Apesar das flores, das palavras bonitas rapinadas aos poetas ou aos manjericos, conversávamos como predador e presa. Éramos dois estranhos com uma montanha de dias partilhados. 

Na vida, o que mais me ocupa, cogitava o escritor de pendor erótico, eram os problemas que não conseguia descortinar de pau em riste e que podem parecer disparatados: em que estilo escrever "enterrava-te educadamente o defunto". Confesso que o grande escriba de escrita fodilhona nunca hesita entre cona e pipi. Desafortunadamente, ainda não alcancei esse estado. 

Eu vivia dentro de um fato de ponto de interrogação: vivia em plena dúvida. O meu fado era acabar todas as frases em tom de questão.

Nada me parecia suficientemente polpudo, fluído, ágil, alquímico; nada era suficientemente luminoso nem carnudo. Era tudo a mesma merda, o mesmo prato de uma cantina desleixada. 

Não te menosprezes, homem. O tom da tua voz e os teus vocábulos de pacotilha humedecem-me a cona. Ignoro o que fazer com essa informação, ripostou o homem. Faz um poema. Ou, em faltando-te o jeito, contenta-te em estar calado.

O velhote pediu à mulher uns cobres para algo prosaico, a saber: uns contos para umas putas. No fim de contas, o velho ambicionava um episódio que lhe rasgasse, por uma vez que fosse, o marasmo em que a sua vida se havia tornado. E eis que a puta chega, de pernas destrancadas, como fada do lirismo caquético. Ela e ele revezavam-se num diálogo cansado. Seja como for, velho e puta não estavam na cama para arrecadar um Óscar. Estavam ali para desempoeirar o vetusto piçalho — e isso não é coisa de somenos.

Somos um compêndio de entradas, comentou a rameira, tal qual uma enciclopédia. Abra-me ao acaso e tente perceber-me.

Ausências, loucuras, acessos de ira. Estou farta desta vida, gritou a mulher de Deus. Atribuis tudo aos deveres da tua profissão. E eu? Quando é que vais ter tempo para mim? A merda do universo é mais importante para ti do que eu? 

Que eu não me chame Cabrão, e tu não te chames Puta, ainda hoje me parece inverosímil. De seguida, comeram-se como num filme. 

Vivemos como se a guilhotinha estivesse em vias de cair, impondo ao miolo sacrifícios até que rebenta. Já estou farto de pensar. Por vezes escapulíamo-nos pelas portas das traseiras da diversão e corríamos para empreender rituais báquicos no mato. 

Percebi que o homem se havia metamorfoseado: era feliz, ficou poeta; era comunicativo, tornou-se gárgula; era sábio, passou a frequentar o twitter. Já não recebia carinhos ao pôr-do-sol, logo quando o coração está mais receptivo a apanhar vitamina.

O velho entra sem bago nos aposentos da prostituta.
— O que estás aqui a fazer?
— Estou só a respirar. Gosto de olhar para mamas depois de jantar, ajuda-me a fazer a digestão.
— Se assim é, 20 paus, estas mamas não laboram de graça.

Elogiei-lhe os cabelos, os olhos e por fim as tetas.  

O velho e a rameira

 

 


Roberto Gamito

24.05.21

“Precisa de ejacular desse piçalho?”, pergunta. Só as mulheres inexperientes se exprimem dessa forma. Faça de tudo para dar ares de puta sofisticada.

Proporcionando-se a situação de estar a dar farnel à cobra de um cavalheiro desconhecido, não entregue logo os trunfos do seu repertório de fornicadora calejada. Guarde os melhores números para futuras actuações, ó artista.

Ponha-lhe com humildade a verga na boca, um centímetro de cada vez, como que cavalheirescamente, não vá a mulher ser inexperiente nesses sufocos. O broche, tal como todas as artes, requer tempo. Todavia, em faltando tempo, mas sobrando vontade, pode sugerir um biquinho sôfrego.

Quando ele se esporrar na sua boca, engula pausadamente e até à última gotinha, como se estivesse saboreando uma iguaria gourmet. Se se quiser armar em conhecedora de gastronomia, pode declarar: “Meu querido, o teu esperma é dotado de umas notas aveludas, a textura é assim e assado. Uma experiência a repetir”.

Se se deita com um senhor pela enésima vez e já conhece o pau dele de trás para a frente, pode, nesse caso, interromper a converseta que inaugura o acto sexual. Nessa situação, e sem inconveniente algum, quando, ao abrir a porta de sua casa, ele lhe disser boa noite, agarre-lhe prontamente na picha a fim de verificar se ele trouxe entusiasmo.

Se se quer sentir empoderada, consinta que o homem perca o tesão entre os seus lábios.

Aconselho-lhe este pensamento, quando entrar nas redes sociais e der de caras com mais uma zaragata inconsequente: “Há infelizes que nunca farão entesar ninguém”.

Seria de extraordinário mau gosto vir-se para cima da saia dela no primeiro encontro. Se não puder evitar, espere ao menos pela sobremesa.

Não envergonhe o homem que acabou de fazer o mais incompetente minete. Ele fê-lo certamente no auge das suas capacidades.

Se por uns infortúnios da vida for obrigado a prostituir-se, mostre-se cauteloso no respeitante àquilo que aceita. No pior dos casos, pode ganhar uma aversão ao sexo, o que lhe complicaria a vida. O sexo recreativo é um escape, sem ele, está condenado a uma vida degradante.

Punhetódremo.
Recinto onde seres humanos se reúnem para se masturbar até perder os sentidos. Sinónimo de redes sociais.

Seja exigente. Não se deixe enrabar por todos os que lhe pagam um café.

Seja exigente. Não chupe o mangalho a todos os que lhe oferecem uma rosa.

Arminda era uma puta romântica. Trocava bicos por flores.

Vivemos tempos estranhos, há mulheres que gostam mais de indignações do que de piça. A culpa, provavelmente, é dos homens que, nas suas prestações miseráveis, deram mau nome ao vergalho.

 

Piçalho Cavalheiresco, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

20.05.21

Se o palhaço esguichar a flor que carrega ao peito na sua cara, aceite o privilégio de ter sido escolhido como alvo do esguicho. Não será descabido provar o líquido que o ensopou, pode dar-se o caso de ser sémen. Se tal acontecer, aplauda o palhaço pela ousadia.

À noitinha, quando a sua namorada vier cheia de manhas aconchegar-se rente ao seu caralho, espere que seja ela a tomar iniciativa de abocanhá-lo. A fome dela guiá-la-á, não precisa de guias turísticos.

Não simule um helicóptero com a picha. A menos que ela que tenha uma púbis em forma de H.

Nada contra os homens que, diante da sua fêmea enfarpelada para o pecado, exclamam: “Sou a tua putinha”. Contudo, em bom rigor, dever-se-ia apelidar putinha estagiária, uma vez que não é a foda que põe o pão na mesa.

O casal de comerciantes tinha uma vida íntima hilariante. À cona chamavam caixa registadora, ao pénis, dinheiro, visto que está sempre a entrar e a sair.

Nada é mais desumano do que prometer uma foda ao homem e desmarcá-la em cima da hora por causa de compromissos laborais.
Logo o homem que tinha tanta vontade de dar emprego à cona.

Se fosse dono de um grande nabo, apelidá-lo-ia de verdade. Porque a verdade magoa.

Quando tiver acabado de engolir o esperma do seu amante, e acaso tenha ideias de prolongar a noite, não se ponha a falar de temas burocráticos como política e finanças. Pode traumatizar o pénis, essa frágil criatura.

Se a sua intenção é montar o seu amigo às tantas da manhã, faça questão de avisá-lo umas horas antes. Caso contrário chega com fome de fandango e o seu homem já afadigou o pénis num sem-número de punhetas.

Uma foda tão miserável que, se fosse fotografada, tinha hipóteses de ganhar o prémio da World Press Photo.

Se, à medida que envelhece, sente a coragem a abandoná-lo, há um modo de o confirmar. Comece a pesar os colhões noite sim, noite não.

Não ridicularize o homem se ele não quiser ser chupado. O louco lá terá as suas razões.

O Palhaço e a flor, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

18.05.21

Não apouque a mulher se ela não for grande espingarda na foda. Dê-lhe tempo e formação. E reprimendas no rabo.

Medite ou, em faltando tempo, masturbe-se. Seja como for, vai esvaziar a mente.

Antes de pôr as unhas numa cona, ajoelhe-se e agradeça a Deus por mais uma refeição.

Como retardar a ejaculação de um homem mais impaciente? Fácil, fale-lhe de coisas aborrecidas e, se tudo falhar, discorra sobre o humor português — aborrecido a ponto de retardar a mais apressada verga.

Se por acaso tiver um dia muito preenchido em matéria de fornicação, racione o gemido. Caso não poupe a voz, vai chegar ao terceiro apeadeiro afónica. Ou então terá de enfrentar deixas do tipo: “Queres caralho, minha puta afónica?”

Não se ponha a tagarelar sobre política a minutos de dar alpista à pássara. Nessa altura, a picha não distingue a direita da esquerda. Ao rés de uma crica, o pénis, feito humanista, só se interessa pelo direito do homem.

Enquanto leva a cabo o ritual de felação sofisticado, que é como quem diz, o lançamento do elogio à queima-roupa, se alguém aproveitar a sua posição para enrabá-lo, não seja picuinhas. Veja esse episódio como uma forma de fazer networking. Não digo para dar o cu, digo leiloá-lo. Se for mais desenvolto, até pode perguntar: “Quem dá mais por este cuzinho?”

Se estiver ao lado do poeta aquando de uma apresentação de um livro, faça questão de lhe oferendar uma punheta quando ele estiver a dizer um poema da sua lavra. Registe a mudança de timbre, a animalidade a apossar-se da língua. Como cantou Valete, o mundo muda a cada gesto teu.

Sedução, se bem feita, é simultaneamente uma conversa interessante e uma conversa para encher chouriços.

Será que devo comunicar-lhe que gosto de ser fornicada à bruta?
Será que irei passar uma má imagem de mim? Essas questões merecem chicote nas nalgas.

É-lhe interdito citar nomes de ex-namorados aquando da queca. A foda é um ritual animalesco, não é um sarau de filósofos em que cada um tenta engodar o outro com as palavras dos mestres.

Vou ou não?, questiona-se o homem no recato do seu lar. Em jeito de achega amigável, posso aconselhar-vos. As questões que devem estar em cima da mesa são: ela fode como uma desavergonhada ou como alguém capaz de extinguir o ânimo do caralho menos criterioso; chupa-o com ternura ou com sofreguidão; deixa-se enrabar se a ocasião se proporcionar? Espero ter ajudado.

Fuja a sete pés se ela é daquelas que, no prelúdio da foda, vem com aquelas cantigas de murchar caralhos, do género: “Sabes, quero contar-te uma coisa” Foda-se, mas somos homens, ou somos catraios de bibe a ouvir histórias? Se nos levantamos a altas horas da noite é para dar minutos de voo ao vergalho, não é para coleccionar historietas. Se fosse pelas histórias tinha ficado em casa a ver séries.

Se ela lhe atirar a penosa questão “amas-me?”, responda-lhe à Saramago. As perguntas que esperam de mim um sim ou não são reveladoras da parca inteligência de quem ousou trazê-las à baila.

Mesmo que chupe sardas há vários anos, receba o novo nabo com solenidade. O homem agradecê-la-á e só descansará quando estiver mais húmida que um arrozal.

Se lhe pedirem a cona, é melhor dá-la — lembrem-se de Deus, devemos ajudar os mais necessitados. Não se acanhe, transforme a sua cona na maior filantropa que jamais existiu.

Se é daquelas que diz que a vida é uma tela em branco deve consentir, para bem da coerência, que o seu macho ejacule, a tiros de carabina, para o seu corpinho. Nunca se esqueça que a ejaculação masculina é a mãe da arte abstracta, pelo que o pénis é provavelmente o primeiro artista que pisou a Terra.

Preciso de sexo, exclama uma mulher para a sua amiga. Precisas de sexo?, riposta a amiga. Com que então és feminista. Amiga, só as mulheres de cona agrilhoada é que se exprimem dessa forma.

Cona Agrilhoada, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

17.05.21

O mercado de trabalho é um lugar mágico. De cada vez que te foderem o juízo é como se levassem a cabo o teu desvirginamento. Saltas de primeira em primeira vez sem nunca chegares à segunda: sim, minha querida, dói sempre.

Depois de lhe irem ao rabo com ganas, evite ir logo para as redes sociais contar, com prosa de romancista, a experiência transformadora. Não é coisa que faça sentido entre publicações motivacionais.

Não seja demasiado severo com a pontualidade dos outros. A menos que tenha uma amiga com o hábito de o fornicar a horas certas.

Nunca se esqueça de dizer “tenha a bondade de me auxiliar” quando, de pichota entesada na mão, lhe mendigar um broche.

O sexo não é arena de influencers. Toda a pose é pose digna de figurar numa fotografia.

Se se cruzar com uma mulher perdidamente fodilhona, mesmo que seja um homem dedicado à carreira e a essas bagatelas, peça ao seu patrão quinze dias de férias. Se ele se mostrar intransigente, faça questão de lhe apresentar o problema. Se for humano, facilmente compreenderá a urgência do cenário.

Certifique-se que limpa bem os cantinhos da boca após o broche. Não queira subir ao palanque da palestra nessa figura. Caso se descuide, e suba ao palco com esporra nos lábios, dificilmente acreditarão quando estiver a falar do processo criativo.

Não se queixe à sua actual namorada de que a sua ex-namorada era puritana no quarto e que isso emperrou a sua língua no minete.

Não enfie um pepino avantajado na cona da sua namorada. É certo e seguro que doravante não se contentará com cenouras-bebé. Ou então esteja preparado para ser trocado por um vegetal encorpado.

Se a mulher tomada de calores não se importar de ser examinada na conaça, não lhe enfie a mão, mas o caralho. Diga-lhe que é um ginecologista da nova escola. Pode ser que ela ache graça.

Se apanhar a cozinheira com o rolo da massa no pipi, pergunte-lhe se esse é o segredo da sua cozinha. E ria-se se ela disser: “O que corto no sal, ponho de cona”.

Quando a mulher tem a cona a arder, pegue na mangueira macambúzia e tente, por todos os meios, controlar o fogo. Pelo sim, pelo não ponha o seu caralho no seguro.

Não peça ao poeta mais de três minetes por dia. Não lhe afadigue a língua, a sua ferramenta de trabalho.

Se houver confiança, diga-lhe: “Estás triste? Anda cá a casa que eu encho-te de tesão e exorcizo a tristeza”.

Prefira a clareza em vez da obscuridade. Opte por abordagens do género: “O senhor não deseja o meu cu?” Não atrapalhe o tesão dos outros com prosa barroca. Seja poeta, conciso e tenso.

Exorcizar a cona, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

14.05.21

Se o seu amante chegar mais cedo do que o combinado, não se ponha com piadinhas do género “já estava à espera disto” a fim de passar a ideia batida de que o macho sofre de colhões nervosos.

É de esperar que uma mulher contabilista tenha uma folha de excel onde regista a sua actividade sexual, a saber: quantas vezes levou com ele, uma crítica à performance do macho, se há futuro nesta ou naquela picha, se há propensão para preliminares, o tamanho de sarda (medida a olho), a grossura da dita que, segundo fêmeas no terreno, é um atributo importantíssimo e se a conversa que preludia a foda a humedece ou não. Não espero menos que isto de uma mulher contabilista.

A não ser que seja homossexual, não lhe aconselho chamar à parte a sua melhor amiga para lhe perguntar: “O gajo veio-se dentro de ti?” É o tipo de abordagem que devemos evitar a todo o custo.

Numa conversa entre homens propensos ao romantismo, que também os há no mundo real, é provável que a conversa, quando toca em temas de trancabailado, chegue a este apeadeiro: “Chupou-te com ternura? Engoliu a esporra romanticamente? Deixou-se enrabar sem citar escritores do movimento Romântico?”
Como é fácil de ver, homens sensíveis até dizer chega.

Assim que o pinanço findar, não se ponha com ideias de perguntar à fêmea de cona fumegante como classificaria a actividade coital. É o género de informação que ninguém recebe com prazer.

Mesmo que haja confiança, à pergunta “sabes o que me apetecia”, nunca responda “uma bela verga no olho do cu”. Há fortes possibilidades de ela o bloquear nas redes sociais. Faça de conta que é um cavalheiro que não passa cartão ao sexo. Aguente firme nesse papel até que pingue a primeira nude.

Se for um primeiro encontro, paute a sua conversa pela educação. Que é como quem diz, ofereça a sua picha com toda a cortesia.

Se o cavalheiro preferir enterrá-lo no cu, ofereça-lo imediatamente sem resistência. A vida são dois dias, quanto mais depressa ceder, mais fodas poderá amealhar nesse rabo. Seja esperta.

A cona aburguesou-se. Antigamente fodia-se onde se podia, na rua, num palheiro, no mato. A ideia da foda certa no lugar ideal apunhalou pelas costas muito pénis faminto, perdoem-me a poesia.
O sexo não medra no terreno da idealização.

Pus no meu currículo que trabalhei numa linha erótica. Embora não seja verdade, já muita mulher se masturbou a escutar a minha voz. Era novo e inocente e caí no conto do vigário, isto é, da precariedade, uma vez que o trabalho não foi remunerado. Se fosse hoje, teria pensado melhor, e provavelmente teria ocorrido da mesma forma.

Não se esqueça de dizer “obrigado” quando, findo o hino do tesão durante o qual as palavras fazem a cama à carne, o pénis desconhecido lhe entrar pela cona. Não custa nada sermos educados e dessa forma mostra ao homem que é detentora de uma pachacha hospitaleira.

A foda humaniza homem e mulher. A queca é pôr a picha, a cona, rabo, língua, toque à altura das circunstâncias. Se somarmos tudo, temos um ser humano apto a propagar o amor.

Se estiver a ver um filme com a sua namorada e este entrar numa parte enfadonha, faça-lhe um minete para a manter entretida.
Aqui não há margem para dúvidas: se a mulher adormece, a culpa é do homem.

 

Uma picha à altura das circunstâncias, Roberto Gamito

 


Roberto Gamito

13.05.21

Se uma turba concertada de homens se dignar a ejacular no seu corpinho nu, aceite sem engulhos o privilégio com um sorriso, como se fosse digna de um ritual de purificação — vai ressurgir do rito como uma mulher nova.

Na sala de aula, quando a professora dá uma reprimenda, envergando um fato justo pondo em evidência atributos que nada têm que ver com a matéria leccionada, é preferível deixar o aluno ir à casa de banho acalmar-se.

Quando for penetrada por aquele amante cujo hábito é fodê-la à bruta, não tente refrear o que sente. A sinfonia de gemidos é a música que a cobra zarolha anseia ouvir.

Não empunhe o caralho artificial como se fosse uma espada. A ordem dos cavaleiros da piça há muito que foi desmantelada.

Não proponha à sua melhor amiga, a qual é actriz exímia, um papel, por pequeno e humilde que seja, no teatro de operações carnais. Esse comportamento pode destruir uma amizade. Espere antes que seja ela a sugeri-lo, aí estará a desempenhar o papel de bom amigo: ajudá-la num momento difícil.

Há mulheres que, herdeiras de práticas medievais, ao deparar com um homem a tremelicar de tesão, em vez de o aliviarem, torturam-no com insinuações de cueca. Ao passo que a mulher solícita— graças a Deus! — propõe-lhe remédio santo a fim de lhe aliviar a cruz. Felizmente, ainda restam algumas mulheres boas neste mundo.

Chupe a piça do seu homem como quem acabou de descobrir um gelado no deserto, isto é, como se fosse uma questão de vida ou morte.

Se ele se vier antes de tempo, pergunte-lhe se ele tem um dia preenchido antes de se queixar da sua prestação. É perfeitamente compreensível um homem vir-se antes de tempo se tem uma vida ocupada.

Aprenda a conduzir apenas com uma mão. Nunca se sabe quando é que uma mulher necessita de ser masturbada a caminho de casa.
Infelizmente, é o tipo de coisas que são ignoradas quando tiramos a carta. Por mim, só tinha carta quem conseguisse levar uma mulher ao orgasmo enquanto conduz.

Quando ela, com a carne bem aperaltada numa lingerie, estiver de joelhos diante de um pénis contente, comunique-lhe: “Se me chupares bem chupado, estás perdoada. Este caralho perdoa toda a gente, é a sua melhor qualidade.”

Abstenha-se de ser educado durante o coito. Foda como um bárbaro, como quem vandaliza um santuário.

Não ridicularize a sua amada se ela quiser ser comida paulatinamente como um pitéu gourmet. Como uma sinfonia, a foda é um espectro: os momentos de serenidade podem dar lugar (em havendo vontade) à violência.

Não vá por trás enfiar-lhe os dedos enquanto ela diz um poema para a câmara. Distraí-la-ia da métrica e, em virtude dos gemidos, pode resvalar em arte dadaísta.

Todos os dias, antes de se masturbar, ajoelhe-se e agradeça a Deus o facto de Ele ter inventado a crica.

Se se sentir acometido por um surto de inspiração, diga-lhe: “Será que é dia de mergulhar a verga nessa cona?”

Diante de uma dama madura, não se ponha com rodeios. Não se esqueça que está diante de uma criatura que aprendeu a valorizar o seu tempo.

Dê-lhe um beijo na glande e abençoe-o por lhe ter proporcionado mais um orgasmo. Mesmo que seja mentira; fica sempre bem.

Diga-lhe sem falsas vergonhas que foi uma boa queca. É bom para a auto-estima do caralho, esse Caim.

Enquanto reza de joelhos, não se ponha a sonhar com caralhos. Não misture Deus com coisas sagradas.

Se estiver em condições de ordenhar um cavalheiro, faça questão de dizer que está desejosa de levar com o resultado do labor na cara.

Mal sabem os pais que fecham as filhas a sete chaves que só lhes estão a atiçar o desejo. Com efeito, vão saltar para a primeira picha que lhes aparecer à frente.

Ao encontrar-se com um poeta, não deve, sob nenhum pretexto, confessar que já se tocou com a sua voz. Terá em mãos um problema. A menos que tenha ganas de solucioná-lo.

A Ordem dos Cavaleiros da Piça, Roberto Gamito

 

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